2.9.09

(photo by Erwin Olaf)

O que esperam de mim? Sorrisos quando algo tem piada, lágrimas quando alguém morre, silêncio quando não se quer ouvir a verdade? E quem é que tem o direito de decidir por mim o que tem piada ou é triste? Ou se uma mentira é melhor do que o silêncio?
Porque teria eu que me vestir de preto para ír a um funeral? Eu visto-me de preto quando vou a uma festa! E porque teria eu que comprar um pinheiro de Natal todos os anos em Dezembro? Se eu gostasse de pinheiros plantava um no quintal e não o ridicularizava com luzinhas e bolinhas! E porque teria eu que só me portar muito bem agora que já cheguei aos 30? Se eu aprender a ser certinha antes de morrer considerem-se com sorte!
Fantoches já há muitos, vejo-os todos os dias por toda a parte, a andar em círculos e sem nunca chegar a lado nenhum.
E porque têm vocês que me fazer perguntas destas? Ainda não me conhecem? Essas caras de "pois, mas eu pensava que agora..." - agora? agora o quê? O que é que agora significa mesmo? E o que é que era antes então?
Custa-vos ver alguém a fazer tudo o que vocês não tiveram coragem para fazer? Foram apressados? Sorry, not my fault!
Esperam o que é esperado e evitam ver o inesperado. (pena...)
O que esperam de mim tem cada vez menos importância, se eu não fôr o que eu espero de mim mesma prefiro morrer. Isso é que importa de facto: as minhas expectativas de mim, as minhas visões do mundo, os meus caminhos. Se eu consigo ver os vossos com todos os momentos a cores e a preto-e-branco, porque não conseguem ver o meu?

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