(photo by ?)
Lugares do nada. Lugares sem fim. Um susto!
Cada lugar tem um espírito diferente, algo que paira no ar e que nos transmite a verdadeira natureza desse lugar. Podemos chegar a um sítio novo, onde nunca tenhamos estado antes ou de que nunca se ouviu falar, e mesmo que sejam 4 horas da manhã e tudo ainda durma vê-se na escuridão, ouve-se no silêncio e sente-se com uma convicção muito forte que lugar é este onde se chegou. Familiar, simpático, tranquilo, alegre, agitado, confuso, distante, cego, mudo... lugares que não caiem bem logo de início e que sabemos muito depressa que não vamos querer ficar por muito tempo; lugares que nos recebem de braços abertos de uma forma inexplicável e mágica, e que sabemos logo que chegámos ao lugar certo na hora certa. Não podemos então esperar para ver e explorar mais e, quando chegar a hora de partir, sentimos novamente uma convicção muito forte de que iremos voltar, um dia.
Há lugares que nos abrigam, que nos acolhem e que tomam conta de nós. Há lugares que olham por nós a uma distância respeitável, ao mesmo tempo que nos seduzem com os mistérios dos seus cantinhos mais escondidos e que estimulam a nossa paixão pelo desconhecido e pela liberdade de explorar. E há lugares que se tornam mais cinzentos quando alguém novo chega... lugares sem alma, lugares frios e vazios, lugares sem sentimento, lugares sem chuva, sol ou vento. Lugares sem magia ou aventura, lugares onde até as árvores e as flores têm uma côr baça, lugares onde as pessoas não têm cara mas mesmo assim se parecem todas umas com as outras, lugares sem história onde o passado parece ter uma função meramente premeditada, levando o presente a ser vivivo sem imaginação, lugares sem qualquer expectativa de um futuro.
Lugares do nada. Lugares sem fim. Um susto!
Sem comentários:
Enviar um comentário