Estava a ver um documentário sobre empresas que procuram a ajuda de psicólogos para melhor obterem do grupo a que se dirigem o resultado desejado. Por exemplo, sabiam que há lojas de moda em que no interior dos provadores de roupa não são colocados espelhos de propósito? O objectivo é conseguir fazer o cliente saír do provador à procura de um espelho para ver se o casaco lhe veste bem ou se aquelas calças lhe fazem o rabo parecer gordo, e ser imediatamente abordado por uma empregada/ vendedora. Está tudo pensado! Eu não me importo que certas coisas estejam previamente pensadas com um certo objectivo, o que me incomoda muitas vezes é que funciona. Não era bem mais interessante se uma situação destas corresse de uma forma inesperada, depois de tanto esforço da empresa e de um grupo de psicólogos chatos se terem dedicado a algo parecido? Quem é que precisa de espelhos? Estas calças são confortáveis, as mangas deste casaco não me parecem longas demais...
Confio no meu feeling e não me vou olhar no espelho, até porque depois de o fazer numa loja nunca mais o faço - ou olhamos para uma imagem nossa reflectida num espelho a todos os minutos do dia? Eu não pelo menos! Se me sentir bem, parto do princípio que tou com boa aparência, mas mesmo assim sei que não vou agradar a todos, não tento nem preciso - quero é agradar-me a mim mesma sentindo-me okay!
Até na porcaria do McDonnald's há o dedinho de psicólogos com o objectivo de fazer com que os clientes comprem a comidinha que querem bem depressa e que abandonem o "restaurante" o mais depressa possível. Para se obter este resultado, foi colocada de propósito em restaurantes McDonnald's uma luz feia e monótona, cadeiras com as costas viradas para a porta e toda uma atmosfera de desconforto (embora à primeira vista possa parecer o contrário). Acho tão estranho, que uma empresa contracte psicólogos que se encarregam de garantir que os clientes dessa mesma empresa passem um mau bocado... e que essa empresa possa crescer até se tornar um dos "restaurantes" fast food com mais sucesso no mundo. O crime compensa não haja dúvida. E é esse mesmo o problema!
Eu sou uma pessimista. Mas não sou uma pessimista radical, isso garanto. Se há pessoas que se sentem em certas situações entre a espada e a parede por exemplo, eu encaro situações idênticas de uma forma mais relaxada, do género: "Ao menos tenho uma parede para me encostar!" A realidade é sempre tão subjectiva, depende mesmo da forma como olhamos para as coisas.
A sério, olhem em volta - um optimista nos dias que correm não é mais do que um pessimista mal informado! Pessoas que dizem não fazer mal a uma mosca, são apenas fracas e lentas demais para apanhar uma.
Sinceramente, acho que nos dias que correm temos sorte se soubermos quem somos e o que queremos. E se há jogos que não se querem jogar, inventamos outros. Ninguém devia decidir por mim se eu jogo às cartas ou se eu jogo bowling. Jogo o que quero, quando quero, como quero e se não me apetecer ler as "regras do jogo" antes, então não leio. É um jogo e no meu entender sou eu que ganho ou que perco, por isso fuck off!
Embora já saiba bastante sobre as coisas que me rodeam, ainda dou por mim pasmada ao ver a facilidade com que tantas pessoas se deixam levar por este tipo de manipulação comercial, que as faz consumir que nem doidas. Promoções em supermercados dizem oferecer um producto grátis na compra de outros dois produtos quaisquer; se fosse mesmo grátis não havia qualquer tipo de obrigação! Embalagens coloridas de doces, rebuçados, gomas e chocolates são colocadas estratégicamente ao lado da caixa, para enquanto se espera a vez deixar-se seduzir por tanto açúcar acabando por se comprar uns docinhos que inicialmente nem estavam no plano comprar ("não faz mal, começo a dieta ámanhã", pensam com cara de culpa). Eu sou prática, vou ao supermercado com uma lista na mão (para não me esquecer de nada), pego no que preciso, dirijo-me à caixa, pago e saio muito depressa. As luzes ou a música que usam para me tentarem fazer passar muito tempo ali dentro não funcionam comigo. É assim que compro tudo o que preciso - sei o que quero, procuro, encontro, pago e ponho-me a andar.
Há lugares mais interessantes para mim do que uma loja. Tirando "Barnes & Noble" em New York claro, onde qualquer amante de livros se perde entre páginas de romances, crónicas, livros de arte e música, livros de fotografia, viagens, povos e culturas, espojado em sofás confortáveis a beber café starbucks. Se eu quiser sentar-me ali durante 24 horas a devorar livros, cafeína e donuts sou bem-vinda! O que é que eu podia querer mais?
(Os psicólogos do Barnes & Noble é que são espertos, funcionou comigo!)
Sabes que a minha família viveu três anos nos States, 3 anos dá para muita viagem e muito Barnes e Noble. Que ambiente maravilhoso, também eu seria capaz de ficar por ali horas e horas seguidas simplesmente a sentir o ambiente da coisa.
ResponderEliminarQuanto às psicologias por detrás das lojas e afins a que mais me irrita, a mais baixa de todas é o Happy Meal do McDonalds. Não tenhas duvidas que os putos só arrastam os pais para a fast food única e exclusivamente pelo brinquedo...
O nome "Happy Meal" nem me soa a nada que seja comestível! Soa mesmo àquilo que é: plástico às cores que só por acaso é acompanhado de 1 hamburger e umas batatas fritas (que na minha opinião também não têm uma aparência comestível!)! Conheço muita gente que nunca foi tanto ao McDonalds na vida, desde que teve filhos...
ResponderEliminarBig Mac hummm Biiiiggg Maccc. Aí ao pé tens a waterstones e o American Book Center em A'dam
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