30.12.09

Até 2010!

Of 2009..............
Por mais que me tente afastar da loucura que é sempre a época natalícia, não consigo. Como não vivo numa ilha deserta e o meu nínel de individualismo ainda não atingiu o extremo, acabo por me deixar levar de uma forma ou de outra, na maré de excitação inexplicável que as pessoas sentem nesta altura, na correria para comprar presentes, nos ataques de nervos quando se deixa coisas para a última hora... há muitas alturas em que até gostava de estar numa ilha deserta, e o Natal é uma delas!
Felizmente já passou. Agora o mundo já se esqueceu do Natal (desde o momento em que os presentes foram todos desembrulhados!) e prepara-se para a próxima loucura, festejo, escape, chamem lá o que quiserem que é a passagem-de-ano. A passagem de um dia para outro, como se todos os dias do ano não passássemos por isso!? Tem que se comprar mais - álcool, serpentinas, cornetas, fogo de artifício, álcool, álcool, álcool..... que horror! Onde é que está a minha ilha deserta?
Podia ter usado tudo o que sinto em relação a esta altura do ano para me entregar a alguma inspiração que me ajudasse a refugiar aqui no meu blog, mas até essa sumiu com o meu espírito natalício, este ano. Há dias estava a olhar para a minha árvore de Natal e a pensar "What the Fuck was I thinking?", e só me apeteceu atirar com a árvore porta fora. Mas como não vivo sózinha e há quem adore estas maravilhas que são árvores com luzinhas e bolas penduradas, lá a deixei ficar... Mas não gosto dela, anda a incomodar-me, a Sammy tem medo dela, o Jules acha-a "gezellig" (uma palavra que os holandeses dizem sempre cantando e que significa aconchegante) e o Einstein já tentou por duas ou três vezes dar-lhe uma mija em cima... espero que dê! Ahahahah!
Sempre gostei desse aspecto do Natal - a árvore e as luzinhas, o aconchego, o descanso e tranquilidade, a união com as pessoas que importam... mas este ano não... onde estará aquela ilha? ;)

A verdade é que ando com um humor horrível, e até sei porquê! Tenho a viagem para Lisboa planeada para sábado, dia 2 de Janeiro. E de todas as vezes que vou a Portugal, a Lisboa, visitar a minha família e amigos, a minha ansiedade torna-se tão insuportável que me impede de curtir seja o que fôr!... Deve ser um medinho inconsciente de que algo dê errado e me impeça de ír...

Mas como apesar de tudo isto, gosto dos meus seguidores, não queria deixar de passar por aqui e desejar a todos um óptimo começo de 2010 e espero sinceramente que o meu humor e "entusiasmo" não vos estrague a noite! ahahah ;)
Beijinhos e até para o ano!

17.12.09

Todos os anos temos o ritual de dar um toque natalício à casa. Como se as janelas cobertas por uma camada fofa e branca não chegassem, toca de arranjar o pinheiro mais bonito, verdinho e bem cheiroso que existe no mercado e de o encher de luzinhas, bolinhas, pais de natal miniatura (já que acreditamos nele), presentes, botinhas, estrelinhas... um ritual verdadeiramente piroso, mas sem o qual não passo. Só não faço é presépios, desculpem lá, mas não chego a esse ponto! Não há nada que eu mais deteste do que uma família miniatura debaixo de um tecto de palha, com carinhas infelizes, um bebé ao frio rodeado de animais mal-cheirosos e uns rei magos com cara sacanas.
E este é o meu espírito natalício... não tem absolutamente nada a ver com o que o Natal de facto representa, gosto é do ar aconchegante que uma árvore de Natal oferece à minha sala de estar! Para mim o Natal é isso mesmo - aconchego, o estar-se junto das pessoas de quem se gosta, o cheiro em casa da comidinha que se adora mas que por algum motivo só se prepara nesta altura do ano, o oferecer presentes e contar hsitórias sentados em volta da árvore...
O Natal sempre me deixou feliz e triste ao mesmo tempo. Os aspectos desta época que me trazem alegria descrevi-os agora mesmo, os que me causam uma tristeza enorme são: o saber que há tantas pessoas que não podem ter um Natal como sonham ter, o Natal dos hospitais (esse clássico que, de ano para ano, só parece ficar mais deprimente e triste!), as músicas de Natal, as programações exageradas de televisão com missas (como se a Holanda fosse um país católico!), as compras obsessivas de presentes para cada pessoa que se conhece, goste-se ou não dela (nisso, ao contrário da maior parte das pessoas que conheço, sou muito prática!), o gastar-se fortunas em árvores de Natal colocadas no centro de uma cidade só para poder vender ao mundo a bela frase: "É a maior árvore de Natal da Europa!".
Podia ficar aqui a desbobinar coisas do Natal que eu detesto durante imenso tempo, mas não vale a pena. Prefiro pensar nas coisas desta época que me dão prazer e alegria e recordar os Natais da minha infância, nos quais os meus pais sempre me mostraram o que é de facto importante...
Com sentimentos misturados em relação ao Natal, o certo é que faço a minha árvore e, até o dia em que a retiro da sala e arrumo os enfeites, gosto da presença dela.

2.12.09

... para uma amiga...

Tinha que deixar isto aqui:

A minha amiga querida telefonou-me à bocado. Não estava à espera, mas estava a precisar e como sempre, parece que ela adivinha estas coisas!
Depois de um ataque de riso ao telefone de levar às lágrimas, à falta de ar e às dores de estômago (não posso dizer o motivo, isso fica entre nós duas, mas só de pensar nisso outra vez rio-me sózinha!) senti-me muito melhor!
Não te disse ao telefone, mas a verdade é que tive um dia estranho e muito diferente do que estava à espera quando acordei de manhã. E ainda me estava a recompôr deste dia quando me telefonaste e, com a tua voz tudo o que me estava a incomodar desapareceu.
Há pessoas que têm este efeito em nós, acho. Que mesmo sem tentarem, ou sem fazerem o mínimo esforço nos dão uma força e uma energia tão positiva que nos esquecemos das coisinhas que mais nos incomodam, e que são também muitas vezes as coisinhas menos importantes!
Obrigada. Adoro-te e cada vez tenho mais saudades tuas!

1.12.09

Quem somos de facto? Quem são as pessoas à nossa volta e que pensamos conhecer? Quem somos uns para os outros? Somos sempre Nós ou mostramo-nos consoante as situações e o que queremos das pessoas?
Quem és tu? És o que mostras ser ou és o que desejas ser e não és? És quem dizes ser, ou és o que mostras de ti por querer atingir algo? Quem és tu? O que queres? Será uma pergunta justa, ou será que nem tu sabes a resposta? E, mesmo que saibas, será que a guardas só para ti? E porque fazê-lo? Gostava de ver quem és, mas só se o quiseres mostrá-lo. Caso contrário, também não preciso mais do teu "falso-eu".